quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Trechos em construção.

Para Francisco,

'Lembra da alegria? Que era nossa e era de cada um? Lembro agora como há muito queria. Em tão pouco tempo, tanto. E o que é tão ou tanto ou tão pouco diante do que sentimos. Com você aprendi que era grande a minha capacidade de amar. Tateamos até encontrar o encontro. Era ele. Da confusão, fusão. Sorrimos. E o sorriso foi fácil. Verdade. Fica a essência, mais que a saudade. Sinto o perfume. O que faço com a parte que lhe cabia? A saudade é grande, mas não maior que a vontade de haver o seu sorriso por mais tempo. Queria isso e muitas outras coisas. Mas não vim ao mundo para conjugar o futuro do pretérito. Quero outras. Quero mais.




Um segundo, e o que era futuro virou passado, sem ter sido presente. Um segundo, e a resposta era outra.'


Enquanto escrevo, a música invade o quarto.
Maria Gadú - Lanterna dos Afogados