quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Conversa de MSN - mais uma.

Mari. diz:
é complicado demais
as pessoas costumam ser inconstantes
uma hora te promete mundos e fundos, mesmo sem prometer nada. Faz isso com gestos. Com pequenas ações que mudam todo o rumo da tua história.
Tá tudo bem. Tudo ótimo. Amanhã, algo acontece sem mesmo ter acontecido nada. Tudo muda.
O que antes era bom, ficou ruim. E o que você pensava já não é mais.
Você criou planos. Expectativas. Imaginou o dia de amanhã.
Mas você é você. Ele é ele. E nem sempre acontece de pensar em um nós.
você arriscou, mas não conseguiu.
nunca se sabe o dia de amanhã.

Ela. diz:
MENININHO SEM AGRADO!]

Alívio.

Curiosidade vem. Você ignora. Ela reaparece. Você se rende. Vai. Vê. Gela. E depois solta uma imensa gargalhada seguida de um suspiro: ELA É MUITO FEIA.


PS.: Desculpe a indelicadeza. Minha insensatez. Mas nestas condições, antes ela do que eu. Ainda bem!
É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão.


Enquanto penso, ouço. Ouça!

Diga o que você precisa dizer...

2 em 1.

E por consequência de um dia cheio de trabalho, de riso, de futuro e de vida, é que reuni duas músicas de um só cara. E ao me encaixar entre rimas e versos, refiz tudo juntando o que é meu. Isso faz parte de mim:

'Tente achar outro modo
Eu estou tomando de volta o que eu te dei, de novo.
Aconteceu inesperadamente.
Você pode colocar no lugar,
Estava lá, se você quisesse isto.
Então, isso é um engano,
Tente achar um modo melhor.
Você poderia imaginar
Onde você pode ir
Se você poderia começar tudo novamente.
Você se lembrará.
Quando você ia
Apenas esteja certa de começar tudo novamente.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um novo ser.

Me deu uma vontade de escrever de você aqui, o problema, como sempre, é que você não vai saber que você é você e outra pessoa pode pensar ser você. Bom, fica o registro... penso em você, ainda que você não exista, ou se perca em toda a minha confusão. Um dia te acho (ou esqueço) e aí vou escrever mais de mim.

Antes de tudo, depois de tudo.

Sou tudo que vejo e me encanto, que canto, que corro de medo, tudo que morro de vontade de dizer e não faço. Fazem meu tipo os calafrios, as alegrias e os personagens. A verdade é que vivo apanhando dos fantasmas que criei. Mas um dia ainda toco no amor.
Eu sorria também quando ele não tava aqui pra ver.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Porque eu adorei quando li.

Meu bem,
Sei que deveria ter esperado nosso próximo encontro pra te dizer, mas tudo é tão fulminante que eu não ousaria interromper com meu sentimentalismo de mulher: vai tomar no cu, babaca.

Daqui por diante.

(...) Decidiu, ponto. Como arrumar a cama. Como limpar as gavetas. Como empilhar a louça. Botou na cabeça. Como quem bate a porta. Como quem desliga o telefone na cara. Pronto. Sem direito de resposta. Sem pensar duas vezes. Sofrerá um pouco de contrariedade no início. Como um vício. Após a primeira semana passa. Acredita que passa. Nenhuma choradeira. É natural desamar. Como espantar insetos com o calor. Como recusar esmolas no sinal. (...)

(Fabrício Carpinejar, canalha!)

Página de relacionamento diz:

Sorte de hoje: Não faz sentido dividir as pessoas em boas e más. Pessoas são apenas encantadoras ou monótonas.
As coisas me magoam fácil. Não faz diferença se é considerado cotidiano ou esperado, certas coisas simplesmente me magoam e não consigo compreender como aquilo pode ser entendido como algo comum.

Eu sou a música que há em mim.

As vezes dura um dia
As vezes dura pra sempre
As vezes quero o improvável
Eu nunca fui razoável
Com os meus próprios desejos


domingo, 27 de setembro de 2009

'Bando de Pardais'

Se eu juntar trechos transformarei em texto e saberei que tudo se repete no mundo. E na ordem do que acontece você mesmo tenta colocar sentido.

'Os pensamentos são tão importantes quanto os atos. Na verdade, temia mais o que deixara para trás do que o que tinha pela frente. Desgastada pela expectativa que muito se transformara em esperança. Só porque uma coisa é dita não quer dizer que seja verdade. A felicidade. Uma felicidade pura, individual, pessoal, egoísta. Pensar em si mesmo e esquecer o resto. Quando vemos somente o que queremos ver, vemos aquilo que está em nossa mente, não diante de nossos olhos.'


E o sentido não importa, basta que caminhemos para frente.

sábado, 26 de setembro de 2009

Hoje me visto de certezas e sensações.

Um daqueles dias em que nada acontece e ao mesmo tempo você sente que tem muita coisa por vir. E não se engane... muita coisa boa. Do tipo de dia em que se pinta o rosto por nada. Por uma brincadeira. Pra ver como fica se tivesse mesmo coragem de ser assim. Do tipo que o sorriso bobo preenche o rosto. O humor permanece na fala. E os passos continuam indo em frente. Um daqueles dias em que você é muito mais sensação do que sentimento. Como se tivesse tirado todo o peso. Jogado pela janela. Do tipo que as músicas em que escuta falam só sobre você. Não remete passado. Nem futuro. Nem expectativas. Nem nada. São músicas e só. E apenas quem sabe como é estar assim, entende o real valor de tudo. E só por hoje, não preciso de explicações. Nem entendimentos. Quero a velha e boa conversa. Sem lugar nenhum. Apenas pelas palavras.
Escuta enquanto penso no que escrever.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Antes a vida fosse feita das minhas palavras. Do que eu escrevo. Do que acredito. De como me sinto. De como sou. E só de como sei ser. E é verdade, tudo isso me parece tão egoísta. Não só parece, como é. Mas não é aquele que diminui. Que impede a ação do outro. É do tipo de território conhecido. Como se eu quisesse dar asas a todos os contos de fadas em que eu ainda acredito. A todas as promessas que eu sei que podem ser cumpridas. A todos os sentimentos que podem ser correspondidos. E a todos os sorrisos que eu sei que podem dar. E como diria Roberto: 'eu tenho o amor maior do mundo'. Sou só sentidos. Só motivos. Só prazer. Fui choro. Fui tristeza. Mas fui passageira com elas. Sou fixa na esperança. Na certeza. E no hoje. Eu vivo. Eu quero. Eu digo.

Tomara que eu não me contente em escrever a vida que eu deveria viver.

Ás vezes só a cinza do que sobrou.

Entre letras.

Agora já é tarde. Não tem depois nem antes. Nem planos nem bagagens.
O mundo só mudou de cor.


Porque que a gente sente quando o vento muda a direção.
A gente sente logo o coração queimar
.

E essa noite pode terminar bem.

Já foi tantas vezes igual.

Pois é, "Quem pode querer ser feliz se não for por amor?” Quem? Quem nunca se pegou pensando em quem não queria pensar tanto? Quem nunca já pediu pra esquecer e só de pedir lembrou? Quem nunca viu o rosto, sentiu o cheiro e ouviu a voz em uma outra pessoa? Já me perdi tanto em sonhos e em palavras. Já amei em letras, em parágrafos, em pontos, em vírgulas, em exclamações. Amei de todas as formas e jeito e em todos os momentos. Todas as palavras tímidas que foram ditas, o jeito que sorria, como me abraçava e o modo como me olhava. Fomos felizes. Mais que isso, fizemos planos, confissões e sonhos. E para mim, isso era amor. Mas tudo tem seu final. Tudo acabou: o namoro, os beijos, as segundas-feiras juntos, o filme, a felicidade. Momentos de saudades. Só saudade. Hoje, sei que não posso simplesmente tentar esquecer seu nome. Mas como te olhar nos olhos? Como parar neles? Como não lembrar das palavras já esquecidas? Das que foram ditas? Como disfarçar os sentimentos? Os pensamentos? Como não te ver dar as costas e partir de novo? Como não lembrar que tudo passou, acabou, se foi com o tempo? Como? O telefonema recebido, a mensagem enviada, a expectativa. Um encontro na cidade, um sorriso sem graça, uma tentativa de nada sair do controle. Que controle? Os pensamentos não param de rodar, sem me mostrar qualquer lógica. Um pensamento escondido. Um amor nunca esquecido. Qual a diferença disto ser tão igual? Que diferença entre estar junto e estar junto? Uma palavra? Um toque? Porque a alegria apenas por te ver? Por ouvir tua voz? Porque essa química, física? Um inexplicável facilmente explicável.

"Por onde anda o abraço. Quem lhe entregou flores e deixou um beijo escrito."

As juras voltam a tonam. Motivos que me fazem sorrir mais e pensar menos. Minha cabeça bem confusa só de te ver passar. Confissões refeitas. Mas agora sem tanta inspiração. Apenas mais uma das tantas palavras trocadas. Sem falta, sem culpa, sem esperança. Tentei, mas desisti. Os detalhes, cada instante, cada momento não mais batia a porta. Entrava sem pedir licença. Frases, retratos, músicas. Manias, gestos, timbres e certezas. Será que as coisas sempre vão e voltam? Será que a vida é esse mesmo vai e vem? Essa incerta certeza? Será que é só aceitar e pronto? Será que é calar? Falar? Se expor? E se nada disso fizer sentido? E mais que sentido eu preciso ter?

Basta apenas um sorriso.

Você me faz bem quando chega perto com esse seu sorriso aberto. Muda o meu olhar, meu jeito de falar. Quem mandou você passar pelo meu caminho? Quantas vezes eu vou ter que repetir? Quantas vezes?



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Real disfarce.



Poupe-nos das igualdades. Poupe-nos dos finais. Simplesmente poupe-me. Poupe-me das promessas não cumpridas. Dos sonhos sonhados. Da dores sentidas. Dos amores não correspondidos. Das pessoas covardes. Das palavras ditas. Dos erros. Dos momentos de silêncio. Não quero as coisas certas. Não gosto das coisas programadas. Não peço amor eterno, sonhos infinitos e sentimentos correspondidos. Não sei para onde vou. Não sei porque vou. Mas tenho certeza que devo ir.

Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo.
E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?

"Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas." [ouvir estrelas de Olavo Bilac]

Do baú.

Certas coisas não mudam mesmo quando tudo já não é o mesmo.
As vezes a gente pensa, outras prefere nem lembrar.
Coisas do passado
Sentimentos apagados
Emoções quase esquecidas.
No meio de tanta coisa a ser dita
O silêncio prevalece outra vez.
Como a muitos anos
Onde podia se deixar levar pela intuição
Seguir a emoção
E simplesmente viver.
Difícil, agora, é pensar tanto.
Pesar circunstâncias
Rever conceitos
E se acostumar com as idéias pré-reformuladas.
Ser feliz
Tentar sorrir
E seguir em frente.
Sempre com um pé a frente do outro.
Como se meu caminho fosse escrito nesse mesmo momento.
Como se eu não quisesse saber mesmo sabendo
Que na vida, nem certo nem errado são julgados
Mas sim, tudo o que se quis viver
E exatamente aquilo em que se permitiu.
Se mudaria minha história?
Talvez sim, talvez não.
Não importa mais o que eu fiz no passado,
Mas o que me transformei no presente.
Vivendo
Arriscando
Sorrindo
Sabendo o que me faz bem.


[escrevi em 06.07.2007]
O enredo do meu samba mudou em alguns pontos. Minhas história foram tantas e tantas vezes reescrita. Parada aqui, vejo como é bom deixar as coisas em seu devido lugar. Deixemos de lado a melancolia do "reviver é viver!" Não se vive 2 vezes.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fui cuidar de mim.

'Eu errei fazendo a coisa certa.'

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Algumas coisas parecem não mudar mesmo com toda essa mudança. Algumas coisas adormecem enquanto você resolve sair. Ir a luta. Outras, não se sabe onde foi. Onde está. E quase nunca se acha por aí. Entre o certo e o errado, nem uma coisa nem outra. Nada. Nem sentido. Sentimento. Discernimento. Uma vida é feita de suspiros muito mais que de sopros. E pra isso, não se precisou aprender. Saber. Entender. Faz-se com a mesma facilidade que um piscar. Com a intensidade do momento. Com a presença do gostar. E não tente achar conexão entre cabeça e coração. O último que tentou tamanho feito, ficou perdido em pensamentos soltos. Foi achado louco. Indeciso. E sozinho.

domingo, 20 de setembro de 2009

Eu preciso de CORES no sorriso.

Jogue tudo que se tem pra jogar
pela janela do mais alto prédio
se desfaça das antigas cartas
e das caixas velhas
Esqueça o velho amor

Jogue tudo que se tem pra jogar
pela janela do teu quarto
se desfaça das antigas cartas
e das caixas velhas
Esqueça o velho amor

Corte seu cabelo
pinte as unhas de vermelho
se enfeite no espelho
troque o tom do batom
amanhã é primavera
O seu inverno já passou
saia e veja o jardim
onde nunca pisou

Outra foto no mural.

Não existe hora de desistir. Nem de seguir em frente. Não existe hora pra ser feliz. Nem triste. Eu fico por achar que ainda me cabe. Ou saio, por achar que não há nada mais a fazer para que dê certo. Eu continuo gostando por não ser uma opção. E esqueço, porque o convívio trás o sentimento. Não falo. Me calo. Não existem mais palavras. Nem assunto. Nem querer. Tem agora um imenso nada em meio a distância. Não tem dor. Nem lágrima. Nem saudade. E eu poderia dizer: acabou. Mas apenas digo: sumiu. E por hora, eu estou partindo. Mas fique com todo o amor do mundo no lugar do meu.

sábado, 19 de setembro de 2009

Aiiii =/

Ao som de martelos, bigornas, britadeiras e todas as coisas audivelmente ensurdecedoras. Meu espírito não encontra-se no momento. Não sei a hora que vai retornar. Não deixe recado.

Alguém teria uma cabeça pra trocar pela minha?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Só porque é tão boa a companhia dos amigos.


Fala por si só.

E só por agora, me bateu uma vontade de fazer nada. Aquela que combina com praia e rima com sol. Que me faz ficar horas deitada sobre uma canga, com um mp3 no ouvido a zunir aquelas músicas que todo mundo odeia e que eu adoro de paixão. Aquelas que guardo no meu computador e que sempre ao sair de carro, gravo no meu CD RW, para sempre ouvir todas e nunca as mesmas.

Conversa de MSN

Como uma só palavra pode mudar todo um rumo.

'De certa forma, NAMORANDO, é muito bom. Juro! Lógico que tem o choque inicial. Tem as perdas de expectativas. É inevitável, vem aquele PRA BAIXO. Você se sente um nada. Ou até menos que isso. Mas a dormência no corpo vai passando e você acaba por perceber que AGORA tem que caminhar sozinha. Porque, querendo ou não, assumindo ou não, ficamos a espera dele voltar. Torcemos não só para que ele volte, mas que diga que estava errado. Que sentiu saudade. Que se arrependeu. E como se fosse tudo, um simples NAMORANDO muda o rumo. E do nada, parece que tudo vai embora. E você pode até chorar. Pode não, chora-se. Não como antes. A dor é diferente. Não é a dor da separação, mas da partida. É quando você dar as costas e vai. O fato que ainda dói, mas dessa vez, REALMENTE, passa.'

E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O que me encantou.

Por muito tempo, ao ouvir 'Seu Olhar' pensava em outra coisa. Qualquer coisa que não a mim mesma. Por muito tempo, eu procurava ouvir tudo para lembrar. Por esse mesmo tempo, eu terminei esquecendo de mim. Mas nem tudo são flores. Podem ser bombons. Chocolates. Pipocas. E qualquer outra terminação que eu queira dar. Por muito tempo eu quis a música. Hoje, fico só com o trecho:

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo


Como diria uma outra música que me foge a cabeça: 'Eu posso ganhar o mundo mas hoje, eu só quero o horizonte.'

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Meu esquema

Galega
Tento descrever o que é estar com você

Princesa
Todos vão saber que eu estou muito bem com você


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minha garota.

Eu ainda aprendo esses passinhos.
Escrevo porque eu me apaixono pelo personagem do livro. Escrevo para dar vida aos amores platônicos. Escrevo porque tem pessoas que me habitam sem saber. Escrevo porque sou louca por música e pelas possibilidades que o silêncio sugere. Escrevo para conseguir acreditar nas coisas que me acontecem e porque tenho saudades de muitas coisas que não aconteceram. Escrevo porque detesto telefone. Escrevo porque tenho medo de quebrar o encanto de tudo que está demasiado perto. Eu escrevo para roubar o beijo que eu não tenho coragem. Escrevo porque minha voz tranca. Escrevo porque eu não sei o que eu procuro, mas gosto de estar viva à procura. Eu escrevo para desaprender as letras e só usar os meus sentidos. Eu escrevo porque todas as certezas me puxaram o tapete. Escrevo porque todas as entrelinhas de tudo o que eu leio me sugam. Eu escrevo porque sem organizar a frase o meu sono não vem. Eu escrevo porque me parir nas teclas me faz mais inteira. Eu escrevo para juntar os meus cacos. Eu escrevo porque preciso de tradução. Eu escrevo porque as palavras riem comigo. Porque eu preciso ficar sozinha. Eu escrevo porque sei fugir pelas palavras, mas não dela. Eu escrevo porque eu desisti de ter jeito.
E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas
E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar

[Gonzaguinha - Caminhos do coração]

Uma tristeza chegou agora.

Não suma com o vento.

'Descobri que quase tudo o que já foi escrito sobre o amor é verdade. Acho que penso em amor mais do que deveria. Sempre me surpreende seu poder de alterar e definir nossas vidas. Foi Shakespeare quem disse: "o amor é cego". Agora eu sei que isso é verdade. Para algumas pessoas, o amor desaparece inexplicavelmente. Para outras, o amor está simplesmente perdido. Mas é claro que o amor também pode ser encontrado. Mesmo que só por uma noite. Há também outro tipo de amor. Amor não-correspondido. E, nesse, sou especialista. Na maioria das histórias de amor, um se apaixona pelo outro. Mas e quanto ao resto? E as nossas histórias? Daqueles que se apaixonam sozinhos. Somos vítimas do amor que não é recíproco. Mal-amados. Eu sou uma dessas pessoas. Só de olhar para ele o coração dispara, a garganta aperta, não consigo engolir. Todos os sintomas comuns. Não estar em busca do amor não significa que o amor não possa encontrar-me. E parece que nos sentimos atraídos pela pessoa que sabemos que não é a certa porque esperamos que estejamos erradas. Quando ele erra, ignoro. Quando acerta, ganho afeição e perco os motivos que tinha de que ele não era para mim. O pior que sei como é difícil quando as pessoas dizem "sei como se sente", mas se digo é porque realmente sei como se sente. Compreendo como é se sentir pequeno e insignificante como ser humano. Como isso dói em lugares que nem sabíamos existir lá dentro. E não importa seus novos cortes de cabelos, nem os copos de vodka que beba com as amigas, quando se deitar, continuará relembrando cada detalhe e se perguntando o que fez de errado ou porque não percebeu. E como pôde, por aquele breve momento, achar que era feliz? Pode até se convencer que ele vai se tocar e te ligar novamente. E depois de tudo isso, seja lá o tempo que demorar, você vai para um lugar diferente, e toda aquela bagunça, todo aquele tempo que você perdeu na sua vida começarão a desaparecer. Mas não posso negar, se ele fosse uma melodia, só usaria as notas boas. E por mais problemático que tudo isso seja, eu estou apaixonada. Por você. Não é porque está partindo. Mas realmente sei o que quero. E quero você. E imagino sua cara ao ver isso. Não me olhe assim. Estou tentando achar a coisa certa a dizer. "Não suma com o vento". Isso seria o melhor, no momento.'



Porque rever o filme de anos atrás pode trazer uma releitura dos dias atuais.

Junta tudo em palavras.

Nunca dependi de grande coisa para amar. Amava por antecipação. Amava por esmolas. Eu me apaixono por nada, por bobagens. Entendo como quero. O amor não desperdiça nenhum indício. Nenhum início. O amor é só esperança. A ausência de confirmação não me modifica. Prefiro não descobrir se o desejo é mútuo para prosseguir sonhando. Ao descobrir que não sou correspondida, é tarde para desistir. Não falo porque vivo a ansiedade de que alguém escute os meus pensamentos. Recorto frases, isolo sons, guardo expectativas. O amor vem por nada. Do nada. De nada.



domingo, 13 de setembro de 2009

Um dia acontece...

'Um dia você vai descobrir que não fazia a menor falta para quem você pensava ser insubstituível. Por outro lado, um dia você também vai perceber que é muito mais importante para alguém que você jamais pensou que percebesse sua existência.'

Todo encontro é um jeito do acaso.


Seu Jorge, toque de novo essa daí.

Se você quiser
Se não quiser, tudo bem (meu bem)


sábado, 12 de setembro de 2009

Quem mesmo?

Sim, eu uso codinomes.
Não faz mal que você não sabe quem eu sou. Eu também não sei. E quando eu souber eu te aviso.




[as coisas que eu mais gosto eu nunca chamei pelo nome, sabe?]

Algo a lembrar amanhã.

'O amor nunca morre de morte natural.'
Porque agora pareço analisar tudo a minha volta. As pessoas. A vida. Os sorrisos. E porque acredito que somos o que escutamos. As músicas parecem me falar mais do que os meus olhos podem ver. E porque, ao entrar no carro, ouvi um cara cantar assim:

'Cansado de correr na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara'

E parece que todo mundo sabe o que se passa comigo.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu não sei porque mas meu lado B adora o Fagner quando ele canta:

'Tenho um coração dividido entre a esperança e a razão.
Tenho um coração, bem melhor que não tivera...'
Ainda estou tentando descobrir porque Seu Jorge combina tanto com essa onda de pós sol. E porque ando encantada com o som de Rebel Rebel.


E foi lendo que eu vi.

E como dizia Frejat: 'quando estiver bem cansado, ainda exista amor prá recomeçar.'

E quando se sabe a direção, velocidade e tempo são apenas detalhes.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

And did someone ever say to you:
'there's nothing bound in thought you cannot do?'
Well, I've seen some things but not all of them came true.

So I don't want to be the last, I don't want to be the first.
Don't want to be alone with my thoughts tomorrow.
And I don't want to be afraid, don't want to look away.
I'm learning to breathe.
Eu merecia não querer as coisas que estão fora do meu alcance. Saber esconder. Não falar com os olhos e mentir com tanta dificuldade. Ter coragem de chegar mais perto das coisas que gosto. Algumas certezas. Alguma leveza. Menos consciência. Menos peso. Mais sono. Menos trabalho. Mais vontade. Acreditar.

Vem!




A gente não precisa ir de novo até o fim.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Quem apagou a luz?

Mesmo sabendo o quanto dói desacreditar, um dia eu quero sentir o prazer e a inocência de acreditar de novo...


Um lado de mim me faz ouvir a mesma música repetida vezes. Esse mesmo lado que insiste em se apaixonar pelos defeitos. O lado que respira o outro, que eu não sei por onde tem andado. E por essas duas partes de uma mesma coisa, percebo que posso ser uma boa pessoa. E simples. E feliz, quando as circunstâncias permitem. E apenas por isso, sinto-me menos só. Porque acredito em Quitana quando ele diz: 'eu me enxergo melhor fechando os meus olhos.'
E eu que cheguei a conclusão: 'Bastam de sentimentos não correspondidos e pessoas complicadas.'



Pensei isso e decidi ir à vida.
Um dia te encontro por aí.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pra não dizer que não falei das flores.

Me deu vontade de falar de amor. Do sentimento que a gente nunca sabe se sente mesmo por alguém. Alguns dizem amar como se isso fosse algo tão simples. Tão rotineiro. Tão relativamente normal. Outros, nunca dizem. Talvez por não querer. Por não saber. Por nunca sentir. Mas amor, independente do momento dito, é sempre o mesmo. Sentimento real. Forte. Cabível a uma falta total de dimensão. É o sentir. O pulsar. O querer. É o desejo. A vontade. A certeza. E nunca a dúvida. É o sonho. Mesmo misturado com a realidade. É o caber. O exato. O porto seguro. O caminho de volta. E a certeza de ida. É o entregar. E o receber. É a oferta. A mão. O toque. O coração. É a vida. A união. E o espaço. O respeito. E a verdade. É tudo que não se pode explicar mas que se sabe. É tudo que não se sabe mas que se tem. É o sim. O não. E nunca o talvez. Acredito que o amor, ao contrário do que muitos dizem, não se sente uma só vez. Não é sofrido. Nem doído. Nem solitário. Amor é lindo. É único. É o tipo de coisa que alguém sempre vai sentir. Sempre vai negar. Porque amor é sentimento grande. Te faz perder noção. De medo. De realidade. De mundo. Amor é aquele querer reprimido. O sorriso de canto de boca. O olhar escondido. O coração acelerado. A confusão de pensamento. A fala calada. E as pernas tremulas. Amor é tanta coisa que não cabe em palavras. Não tem significado concreto. Explicação cabível. É sentimento farto. De boca cheia e com gosto. É a sensação de ser capaz de tanto mais. Tanto. São momentos. Momentos em que não precisamos dizer nada um para o outro e o mundo acontece. Amor é esse quase nada.


...sossegue. O amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será. [Carlos Drummond de Andrade]
Achei lindo uma coisa que li, perdida em algum site, e que dizia assim: 'eu escrevo porque desisti de ter jeito.' E é tão bonito tudo o que essa simples frase quer dizer. E eu sei, nem todos vão entender. Alguns vão até achar uma besteira imensa tudo isso. Mas se você ler bem, vai entender que é exatamente assim mesmo. A gente escreve porque desiste de falar. Porque desiste de ter coragem. De amar. De sonhar. De correr atrás. De voltar sempre pro mesmo lugar. De recomeçar. Mas nem sempre vai ser assim. E disso eu ainda não desisti. Assim como não desisti do sorriso. Da felicidade. De me encontrar. De sentir. E de saber o que sinto.




'Hoje eu só quero que o dia termine bem.'
Porque o assunto é saudade. Não a minha, mas a de todos. Porque vieram me falar de como ela ruim. De como dói. Porque a gente sempre vê o lado que mais incomoda. Esquecemos de enxergar o lado bom de tudo. Preferimos nos tornar pessimistas ao invés de levantar a cabeça e seguir em frente rumo a vida. E não digo que não se sofre. Digo que opto por não me entregar a isso. E vou ser sincera: as vezes consigo, outras não. Mas o importante não é só o produto final, mas tudo que se fez para alcançar. É o não desistir. Não se entregar. Porque o tempo não nos faz esquecer da saudade. Nós que, com ele, aprendemos a conviver com ela.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Estive pensando quantas vezes ainda vou ler o mesmo livro e ouvir a música da semana passada. Quantas vezes eu ainda vou vestir a velha blusa listrada e a mesma calça jeans desbotada no joelho. E por quanto tempo vou continuar olhando pela janela do quarto e imaginando estar em outro lugar. E ainda assim, sem saber quantas e por quanto tempo tudo isso irá permanecer do mesmo jeito, cada dia vou sendo feliz. Mas feliz. Até o dia em que eu for livre. Pra ser feliz intensamente. Descabidamente.

Escute o que diz seu coração
E ignore-o quando convier
Faça sempre o que der mais prazer
Escute a música que gosta de novo.

Fale tudo que vier à mente
Minta sempre que for necessário
Dance, mesmo fora do compasso,
Cante totalmente desafinado.

'Eu sempre acordava disposto a te conquistar.'
É linda essa parte. E tudo o que ela insiste em dizer.

Escolha um jeito novo de dizer.

Sou daquele tipo que não sabe esconder o que sente. Nem mentir quando fala. Nem disarçar qualquer tipo de olhar. De sorriso. De ação. E é estranhamente bom acordar assim... em uma felicidade descabível ao corpo. Ao rosto. A vida.

E de hoje em diante: 'um brinde ao riso.'


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu pensei que podia voar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Boa noite.

Ela entra no carro. Coloca os óculos. Liga o som. Coloca o cinto. Liga. Coloca a primeira e vai estrada à frente. Porque o mundo continua a seguir seu rumo normal.





Esqueci de dizer...
...ela vai seguindo com a janela aberta, pra não escapar nada aos seus olhos.

Aperta o play.

É bom olhar lá fora e ver somente o que se tem. Preto no branco. No duro. Querer sorrir sem motivo e sorrir. Fazer as coisas de uma forma tão ineditamente igual a todos os dias. Ver o céu. A terra. E continuar andando a procura de nada. Sem rumo. Mas com destino traçado. É a falta. Da espera. Da saudade. Do sentimento. E, pela primeira vez, isso não é ruim. Não é bom. Não é nada. E enquanto continuar assim, por mim, tá tudo bem. Eu no meu canto. Feliz na intensidade cabível ao meu riso frouxo. Os amigos ao lado. No brinde. Na presença. Na certeza que no fim do dia, as coisas vão ficar ainda mais leves. Porque o que importa, não é o que se sente. É como se sente. E por tudo isso, as coisas são mais lindas desde que deixei de fazer força pra esquecer. E vi, que assim ando esquecendo. E a prova de tudo isso, não são as palavras que digo. Mas o sorriso que aparece no rosto enquanto escrevo. Porque a lágrima deu lugar ao riso. Assim como o gostar a lembrança. E até posso procurar teu rosto. O coração ainda pode acelerar. Mas te ver já não é tão bom quanto antes. E isso vai, CONTINUAR, passando.