sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Antes a vida fosse feita das minhas palavras. Do que eu escrevo. Do que acredito. De como me sinto. De como sou. E só de como sei ser. E é verdade, tudo isso me parece tão egoísta. Não só parece, como é. Mas não é aquele que diminui. Que impede a ação do outro. É do tipo de território conhecido. Como se eu quisesse dar asas a todos os contos de fadas em que eu ainda acredito. A todas as promessas que eu sei que podem ser cumpridas. A todos os sentimentos que podem ser correspondidos. E a todos os sorrisos que eu sei que podem dar. E como diria Roberto: 'eu tenho o amor maior do mundo'. Sou só sentidos. Só motivos. Só prazer. Fui choro. Fui tristeza. Mas fui passageira com elas. Sou fixa na esperança. Na certeza. E no hoje. Eu vivo. Eu quero. Eu digo.

Tomara que eu não me contente em escrever a vida que eu deveria viver.