sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Já foi tantas vezes igual.

Pois é, "Quem pode querer ser feliz se não for por amor?” Quem? Quem nunca se pegou pensando em quem não queria pensar tanto? Quem nunca já pediu pra esquecer e só de pedir lembrou? Quem nunca viu o rosto, sentiu o cheiro e ouviu a voz em uma outra pessoa? Já me perdi tanto em sonhos e em palavras. Já amei em letras, em parágrafos, em pontos, em vírgulas, em exclamações. Amei de todas as formas e jeito e em todos os momentos. Todas as palavras tímidas que foram ditas, o jeito que sorria, como me abraçava e o modo como me olhava. Fomos felizes. Mais que isso, fizemos planos, confissões e sonhos. E para mim, isso era amor. Mas tudo tem seu final. Tudo acabou: o namoro, os beijos, as segundas-feiras juntos, o filme, a felicidade. Momentos de saudades. Só saudade. Hoje, sei que não posso simplesmente tentar esquecer seu nome. Mas como te olhar nos olhos? Como parar neles? Como não lembrar das palavras já esquecidas? Das que foram ditas? Como disfarçar os sentimentos? Os pensamentos? Como não te ver dar as costas e partir de novo? Como não lembrar que tudo passou, acabou, se foi com o tempo? Como? O telefonema recebido, a mensagem enviada, a expectativa. Um encontro na cidade, um sorriso sem graça, uma tentativa de nada sair do controle. Que controle? Os pensamentos não param de rodar, sem me mostrar qualquer lógica. Um pensamento escondido. Um amor nunca esquecido. Qual a diferença disto ser tão igual? Que diferença entre estar junto e estar junto? Uma palavra? Um toque? Porque a alegria apenas por te ver? Por ouvir tua voz? Porque essa química, física? Um inexplicável facilmente explicável.

"Por onde anda o abraço. Quem lhe entregou flores e deixou um beijo escrito."

As juras voltam a tonam. Motivos que me fazem sorrir mais e pensar menos. Minha cabeça bem confusa só de te ver passar. Confissões refeitas. Mas agora sem tanta inspiração. Apenas mais uma das tantas palavras trocadas. Sem falta, sem culpa, sem esperança. Tentei, mas desisti. Os detalhes, cada instante, cada momento não mais batia a porta. Entrava sem pedir licença. Frases, retratos, músicas. Manias, gestos, timbres e certezas. Será que as coisas sempre vão e voltam? Será que a vida é esse mesmo vai e vem? Essa incerta certeza? Será que é só aceitar e pronto? Será que é calar? Falar? Se expor? E se nada disso fizer sentido? E mais que sentido eu preciso ter?

Basta apenas um sorriso.

Você me faz bem quando chega perto com esse seu sorriso aberto. Muda o meu olhar, meu jeito de falar. Quem mandou você passar pelo meu caminho? Quantas vezes eu vou ter que repetir? Quantas vezes?