domingo, 28 de março de 2010

Quer saber?

Não é medo. Não é tristeza. Não é nada de concreto. E talvez por isso mesmo, me sinta assim. Perdida. Sem saber pra onde ir. Se devo ir. Se devo ficar. Se não devo nada. Uma parte de mim acha que devo insistir mais um pouco. Outra, acha que nada vai mudar. Não sei. Mesmo. Se espero um pouco mais. Da sua parte. Do seu gostar. Do seu querer. Não dá pra ficar assim. Não sei ficar assim. Sem tá. Sem ficar. Sem ser. Poderia dar todos os motivos que você quisesse. Mas você sabe deles. De todos. E não sou eu que vou repetir. Não quero ser pra ninguém uma opção. Não quero ser uma escolha. Quero o querer. O gostar. O sentimento na real. Na essência. No sentido próprio da palavra. E do sentir quando sinto você. Quando percebo que você me quer. Naquele instante o mundo some. E seus pequenos gestos vão me despindo durante o dia. E, sem perceber, vou me entregando a você antes mesmo de te encontrar. Te provoco. Faço cena. Aí você me olha... me desmancho. Esqueço as horas. Me entrego. Devagar. Te sinto percorrendo os meus caminhos. Assim posso ver tuas certezas, e você as margens da minha nudês. Aí tudo se vai. Você. As horas. E junto, as certezas que eu via mas que não continuam comigo. Volto estaca zero. Recomeço de onde parei. O caminho é sempre o mesmo. E por isso, não entendo porque sempre eu que vou. E você, porque nunca volta?