domingo, 4 de abril de 2010

Eu sinto e isso me basta.

Sempre tem música tocando no peito da gente. Sempre tem vontade. Desejo. Querer. Mesmo quando tudo parece não estar no lugar. Quando a gente olha, mas não se vê. Quando te procuro e não acho. Algumas vezes, vejo a alegria sumir dos dedos. Calar a alma. Apertar o coração. O problema é que a gente só quer o amor. Do jeito da gente. Assim. Grande. Nada discreto. E termina por não entender que isso não se tem, se sente. E só você. Ninguém mais. Palavras são palavras. Mas cada um fala o que quer. Sentir é coisa única. Coisa rara. Sensação perfeita de ser completo. A ligação pela saudade. O silêncio interrompido. O gostar de tá junto. E o tá junto por gostar. Mas não precisa disso tudo... eu posso compreender que o mundo lá fora é muito mais complicado do que parece. Eu entendo você. E preciso dizer: ainda te espero. Não dá pra fugir do que sinto. E se não dá pra correr por aí sem direção, fico e enfrento. É assim que as coisas são. É pouco tempo nesse meio tempo. Mas já deu rotina. Dia a dia. Bom dia e boa noite. E essas coisas não são substituíveis. Não são calculadas. Mas são tão bonitas. Tão marcantes. Não te ter do meu lado não é suficiente pra me fazer desistir de ter você comigo. A sua voz me faz ficar. Você me faz querer você. Mas ando cansada. Tão cansada. Por isso vou deitar. Encostar a cabeça onde deverias estar. Ouvir tua respiração que já sei de . E eu, que sempre pedi alguma palavra de certeza sua, hoje só desejo que não diga nada. Que me deixe sentir e só.


Eu sei, você também quer a presença que falta trás. Eu sei, sem saber porque. Mas sei.