sexta-feira, 29 de abril de 2011

E eu era tão feliz contigo. Você não era comigo? Nem nos abraços sem fim? Nem na saudade? Nem quando tudo ficava em slow motion? Você não era nem um pouco feliz quando me via dormir? Quando eu te via acordar? Quando a gente ria junto? Quando a gente apenas se olhava? Quando a gente pensava no futuro? Nem quando assistia os piores filmes? Nem quando me falava que era feliz? Me diz, preciso saber. Preciso ouvir. Preciso entender porque é tão difícil entender o quanto te amo. O quanto te quero por perto. E como eu não mentia quando dizia que tinha tudo o que precisava pra ser feliz. Me diz porque é tão difícil acreditar que eu só tinha você. Porque é mais fácil acreditar no que os outros falam do que no que sinto por você. Pare pra pensar e veja: em tudo que eu falava, sonhava, fazia e queria, você tava no meio. Veja que sempre te amei. Veja, apenas veja, que somos tão pouco separados. Eu só queria que você visse. Que dissesse. Que voltasse. Mas você apenas ouve. Não confia. Desacredita. E põe todos nossos sonhos no chão, como se fossem nada. E são. Pelo menos agora. E eu só queria não querer tanto. Mas você foi embora. De novo sem acreditar. Em mim. No que sinto. No que vivemos. É uma pena eu ter acreditado tanto. É uma pena ter que deixar tudo aí. Mas foi você que escolheu. Decidiu. Foi você que fechou a porta e saiu. Nem deixou eu terminar. Foi você. E mais ninguém.