terça-feira, 19 de julho de 2011

Das coisas que você faz enquanto dorme.

Você se acomoda devagar entre o travesseiro e o lençol. Nem sempre se cobre. Mas o deixa ali, próximo a mão. Eu não faço ideia do quanto sou bem-vinda ao teu peito. Apenas lá, é o melhor lugar. Me olha. Me toca. Sorri. Um pequeno ritual. Conversamos então baixinho. Com uma voz que quer se tornar suspiro. Eu beijo devagar a parte mais facilmente alcançável do seu corpo e me ajeito no outro canto do colchão. Minha mão na sua. Como proteção. Como continuação do meu amor. Fecho meus olhos, na esperança de me fazer acordar. Você chega. Misturamos manhã e noite. Como uma música. Como uma dança. Como se fosse a coisa mais importante. E é.