quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

É um tal de não sei o que.

Qualquer coisa que diga, que sinta, que faça, é sempre de dentro pra fora. Uma reação em cadeia que começa e quase nunca tem fim. É um fato muito mais do que um ato. Uma ação. Reação. Devaneio. Nasce sempre do silêncio do meu pensamento. Da dúvida do seu. Da inércia do nós. Começa pelo desejo e reage pra vontade de querer de novo. Então vem-se o desejo. A certeza. A espera que a calma não se acabe. Vem-se de novo. Sempre mais uma vez. Todas as vezes que nos são cabíveis. Que nos são permitidas. Gosto do gostar. Do ser. Prazer. E de você. Gosto do correto. Do falar e fazer. Da hora exata. Da fala sincera e do sentimento completo. Inteiro. Porque acredito que pra o amor existe sempre uma pessoa de medidas certas. E não sou lá o típico amor não declarado. Não sou a distância. Quero o perto. O aperto. O pleno. O atropelo que vem sempre com a presença. O frio na barriga. As pernas trêmulas. O sorriso aberto. E hoje, quero um caminho de mão dupla. O ser. O ter. O talvez mais sedutor. Quero o sim, ou o não. A pele. A química. O desejo. A paixão. Quero um você com palavras sinceras. Com notas musicais. Com o real. Temporal. Com companhia e silêncio. E é querer breve. Sem tempo a perder. Sem calma e com pressa. Pelo fato. Pelo sentimento. Pelo próprio querer. Pelo caminho mais longo. O mais teimoso. Mais arriscado. Quero a alma. A geografia. O encontro. O amor. Exatamente o que se deixou. Com os impulsos. As entrelinhas. E o tempo. O bom. O ruim. Sem desistir. Levando um otimismo incansável. Um orgulho besta. Uma felicidade desencontrada. Mas a gente tenta um disfarce de não ser gente. Um singular. Jamais o plural. Assim vivemos... ao contrário.