sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Uma verdade.

Vivo perdendo o passo. O ritmo. O riso. Só não perco a saudade. E esse pensamento que nunca vai. Assumo: 'não sou comum'. Gosto além da conta. Além da soma. Apenas gosto de gostar de alguém. Acredito na velha conversa fiada de que o amor dura pra sempre. Acredito, porque sei que é verdade. Amor é amor. Aqui. Ali. Ou do outro lado da rua. Amor é aquele olhar sem reparar. Sem ser visto. É uma verdade tão minha quanto sua. E eu preciso da verdade independentemente do quanto doa. Gosto do sentimento. Do querer. Do olhar. Do sincero. De pés descalços. Dos abraços. Do acolher. Aquecer. Faltar ar. Gosto de um tu. E de sentir isso por ti. Acima de qualquer coisa, gosto do inesperado. E eu sei, às vezes o que parece improvável complementa-se com espantosa harmonia. E nada melhor do que o complemento. A junção. Fusão. Nada como um coração no outro. Um mesmo desejo. Duas mãos. Um corpo. Quero o saber. O encontrar. O descobrir. Preciso do entrosamento. Da música. Da voz. Da dança. Quero o procurar e o achar. O acostumar. Sentir os pulsos. Rápidos. Nervosos. Ouvir a respiração. Vivo perdendo os sentidos todas as vezes que tento não pensar tanto. Sem surpresas. Só misturas. Do ser. Do estar. Do viver. Eu só quero partir, mas te levando. Coisas simples. Um toque. Uma fala no pé do ouvido. Um suspiro. Um envolver. Um sentir perto. E decidi: 'prefiro querer você.' Acredito no amor mas não em contos de fadas. Não há príncipes. Nem sapos. Existe só um querer tão grande quanto mútuo. Nunca dá certo no primeiro ato. Fato. Mas acho que no amor sempre vale mais uma chance. E mais cedo ou mais tarde, teremos a nossa. Eu sei.