quinta-feira, 18 de março de 2010

12h.

Gosto quando confundo o meu com o teu. Os amores com os desejos. A chama com os beijos. E quando, no fim de tudo, sobra o abraço. O chamego. O tá perto. Que é quando a gente vira só um contorno, e tudo parece tão real. Sem os detalhes é que o vejo mais. Que o sinto. Que o tenho. Só assim te enxergo inteiro. Só assim sinto. Tão meu. Na fronteira do teu. É um sentimento que promete finalmente acabar com nossa fome de abraço. Mas a gente pensa demais, e sentimento assim não se pensa. Se sente. Senão pesa. Aí inventa que não aguenta. Que não é hora. Não agora. Como se a gente não conhecesse tudo isso. Precisasse ser apresentado. Como se estivesse ali do lado esperando a tanto tempo por um beijo que mudaria as coisas. Eu. Você. A vida de agora. O fato é que não fazemos idéia de como viver isso. E tudo que eu queria era perder o controle. Te trazer pra perto. Pra dentro. E não é querer tanto ou é?