quarta-feira, 17 de março de 2010

24h depois.

Naquele momento, a única coisa que eu queria era que seus olhos não fossem mentiras. Cabíamos inteiros. Corpos. Comuns. Esperando por respostas. Era pele. Suor. Desejo. O tempo não bastava. Um sossego. Um segredo. Um beijo. Um nós. Mais até do que fosse possível. E minha vontade não era de por os pés no chão. Nem que nossos cérebros trabalhassem. Não queria a realidade. Não cabia em mim. Queria aquele querer inteiro. Que nunca é pela metade. Que me faz precisar de você. Que é grande e por isso, me põe vulnerável. Que me arrepia a pele. O querer que não me escape nada. Nem sentimento. Nenhuma linha ou traço. Nenhum nó ou viés. E quis escrever agora pra não esquecer. Anotei cada gesto nessa nossa história charmosa de acasos, encontros e paixões. E pra não te ver indo embora, fechei a porta e fui dormir.